Mulheres latino-americanas são empreendedoras resilientes e otimistas
Um estudo recente revela que as mulheres empreendedoras na América Latina enfrentaram desafios significativos durante a pandemia, mas mostraram resiliência e otimismo. O Mastercard Index of Women Entrepreneurs (MIWE) 2021 analisou a situação do empreendedorismo feminino em 65 economias, incluindo uma análise específica para 10 economias principais da região.
Embora as mulheres tenham sido desproporcionalmente afetadas no mercado de trabalho durante a pandemia, o estudo mostrou um aumento no percentual de mulheres que decidiram iniciar um negócio na América Latina. Países como Colômbia e Uruguai registraram um aumento significativo na atividade empreendedora feminina em comparação aos homens.
O estudo também destacou o papel fundamental das mulheres na criação de novos negócios e na geração de empregos. Isso reforça a necessidade de políticas que incentivem a participação das mulheres nos negócios para impulsionar a recuperação econômica.
O Índice Mastercard de Mulheres Empreendedoras (MIWE) avalia três componentes principais: resultados do progresso das mulheres, treinamento e acesso ao financiamento, e condições para o empreendedorismo. Economias de renda média-alta, como Brasil, Costa Rica, Uruguai e Colômbia, apresentaram progresso notável em vários indicadores.
No entanto, o estudo também apontou que a pandemia teve um alto impacto na taxa de desemprego na região, especialmente para as mulheres. Todos os países da América Latina registraram queda na participação da força de trabalho feminina, sendo que alguns países foram mais afetados do que outros.
O MIWE 2021 destaca a importância de políticas públicas e práticas privadas que promovam a igualdade de gênero e fortaleçam a economia das mulheres. Além disso, iniciativas como o Girls4Tech, um programa da Mastercard que incentiva meninas a desenvolver habilidades em STEM, desempenham um papel fundamental no fechamento da lacuna de gênero nessas áreas.